domingo, 29 de janeiro de 2012

Primeira rede “Super Wi-Fi” será lançada em breve nos EUA



Os moradores da pequena cidade de Wilmington, Carolina do Norte, farão parte de um experimento que pode iniciar uma nova fase no mercado de telecomunicações: os cidadãos da serão os primeiros nos Estados Unidos a testarem uma rede móvel de dados que está sendo chamada de “Super Wi-Fi”.
Cidade de Wilmington, Carolina do Norte, começa a testar a rede Super Wi-Fi (Foto: Reprodução)Cidade de Wilmington, Carolina do Norte, começa a
testar a rede Super Wi-Fi 
Para funcionar, a rede - montada pela New Hanover County - utiliza espectros de radiofrequência que são chamados de “espaços brancos”, atualmente inutilizados com o fim da transição do sinal de TV analógico para o digital, em 2008. Na época, o uso desse espaço foi vetado pelo receio que o uso de dispositivos móveis causassem interferências no novo sinal de TV e em dispositivos eletrônicos que trabalhavam em frequências próximas. Agora, a FCC (Comissão Federal de Comunicações) dos Estados Unidos autorizou o uso desses espectros, transformando essa frequência em uma rede de dados móveis.
O sinal é chamado de “Super Wi-Fi” porque a baixa frequência do espectro antes utilizado para os sinais de TV fazem com que o sinal viaje mais longe que o Wi-Fi atual, além de ter também um maior poder de penetração, comparado as redes Wi-Fi tradicionais. Logo, o fator de maior relevância nessa rede será qualidade de sinal e o seu alcance, e não necessariamente a sua velocidade. Em contrapartida, o Super Wi-Fi pode oferecer uma conexão à internet de melhor qualidade e mais barata, uma vez que a estrutura básica para a disponibilidade do serviço já está pronta, bastando apenas a realização dos devidos ajustes nas frequências de transmissão de dados.

A utilização dos espaços brancos foi alvo de muita discussão nos Estados Unidos. Empresas de tecnologia como Google e Microsoft, a Associação Nacional de Emissoras de Rádio e TV e grandes operadoras de telefonia como a Verizon, se manifestaram contrárias ao uso dos espectros deixados pela TV analógica, alegando que smartphones e dispositivos que acessam à internet podem causar interferências com transmissões oficiais.
Já os defensores da proposta (muitos não licenciados para oferecer o serviço de telecomunicações nos Estados Unidos), defenderam a abertura do espectro, alegando que a iniciativa ajudaria a levar a banda larga móvel para regiões carentes, ajudando a fechar o que eles chamam de “fosso digital” em áreas urbanas e rurais dos Estados Unidos.

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